sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020


Ontem visitei as aldeias Jaguápiru e Bororó. A pesquisadora mestranda, professora bilíngue (Guarani-Port) e atriz Rossandra, que é Kaiowá e moradora da Aldeia, guiou a visita explicando várias partes, lugares, histórias, habitantes e muitos aspectos da cultura. Além de percorrer dezenas de quilômetros pelas estradas, visitei uma Escola da Missão, alguns professores, salas de aulas, recreio. Depois, o hospital, também da Missão, a casa de Rossandra, e por fim a Rádio Indígena FM, onde fui entrevistado juntamente com as professoras universitárias e pesquisadoras Lucy (antropóloga) e Paula (historiadora). Ambas estão fazendo o curso de língua e cultura guarani no Casulo das Artes, aqui em Dourados, comigo. Vou deixar o link da entrevista e também o endereço da rádio = radioindigenafm










Link:
https://www.facebook.com/radioindigenas.douradosms/videos/202549770803577/UzpfSTEyMTE3ODA3NzU2MzkxMjk6MTU1MTgxMTU2MTYzNjA0Nw/?__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARBbQM47MnDIvAdoTagZBtcmHS1bSPMu9gfPI3za6Vonr1bOy3ZfwvczaRkvTKcJmT0QNz5-NVfxZW04

Uma curiosidade: ao chegarmos perto da escola, paramos o carro embaixo de um Jequitibá. Vi rapidamente que o chão estava cheio de cuias (onde ficam as sementes da árvore), então ficamos ali um tempo pegando algumas, falando da árvore e Rossandra disse que na cultura dela quando a criança (bebê) demora a falar, eles dão água pra ela ali naquela cuia pedem pra soprar, depois de fazerem um furo do outro lado, como um apito. O exercício é pra criança falar mais rápido. Perguntei o nome que eles dão pra "cuia" do Jequitibá e ela disse:

KARAJA JUA'I = papo do bugio (macaco). Na foto abaixo dá pra ver que a abertura da cuida, por onde saem as sementes, parece com a boca do bugio quando ele grita.


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